sábado, 7 de fevereiro de 2009

Saudades da revolução

Fotógrafo e jornalista refazem os 3.900 km percorridos por Che Guevara 50 anos atrás

O fotógrafo gaúcho Izan Petterle, 52, era um estudante nos anos 1970 quando viu a célebre foto de Che Guevara feita por Alberto Korda.
Morava em Alegrete, a 300 km de Rosário, cidade natal de Che, na Argentina.
Do outro lado do Atlântico, o jornalista holandês Frans Glissenaar, 49, também estudava e tinha uma camiseta com a mesma foto estampada. Seus ídolos eram Janis Joplin, Hendrix, Jim Morrison e Che Guevara.
Desde que foi publicada pela primeira vez na Itália, em 1967, e em seguida exibida nas manifestações estudantis de 1968 em Paris, a foto de Korda tornou-se um ícone que embalou os sonhos revolucionários de milhões de jovens pelo mundo.
Em abril de 2008, Izan e Frans embarcaram em uma jornada pessoal em busca do espírito revolucionário que os guiou na juventude. Jornalista e fotógrafo foram a Cuba munidos dos diários de Che e refizeram os 3.900 km percorridos pelo revolucionário e seu grupo desde Playa las Coloradas, onde ocorreu o desembarque do barco Granma, até a chegada triunfal na capital Havana.
O resultado da viagem está no livro "Cuba de Che - 50 Anos Depois da Revolução", lançado pela editora Carlini Caniato.
No relato de Glissenaar e nas fotos de Petterle, fica clara a desilusão da dupla com o que viu durante a viagem. "Foi um desencanto. As pessoas não são felizes em Cuba. É um país melancólico. Che para mim sempre significou a liberdade e foi difícil aceitar que o grande ícone da minha juventude havia ajudado a criar um regime totalitário e opressor", diz Petterle.
Cuba talvez seja um dos países mais fotografados do mundo, e a revolução é uma história que já foi contada muitas vezes em inúmeras obras. Além da dificuldade em fazer algo diferente no livro, há a censura do governo cubano a jornalistas estrangeiros. Para trabalhar, a dupla criou uma fábula que era utilizada sempre que eram interrogados por policiais.

Fidel
Para as autoridades cubanas, Frans era um professor de história holandês apaixonado por Cuba e Izan, seu amigo fotógrafo amador. A estratégia deu certo e eles colheram relatos que dificilmente seriam dados a jornalistas pelo desconfiado povo cubano.
Nas entrelinhas do livro, percebe-se que nos grotões de Cuba, enquanto a figura de Fidel Castro vai se apagando, a de Che Guevara vai se acendendo.Por mais desgastada que esteja a imagem da revolução, o símbolo "Che" fica cada vez mais forte. Guevara aparece como um esportista, ou artista, que morre no auge, sem deixar que o público veja sua decadência, enquanto Castro se comporta como aqueles que não souberam a hora certa de se aposentar e ficaram marcados por isso. Essa é a novidade das 148 páginas da obra.
Em formato de diário de viagem, o livro traz relatos atuais, curtas entrevistas com moradores que testemunharam a revolução e também trechos do diário de Che, publicado com o titulo original de "Pasajes de la Guerra Revolucionaria". Nota-se que pouca coisa mudou na região percorrida pelos autores. Cinqüenta anos depois, eles continuam isolados. "Eles nos surpreendiam com as perguntas mais básicas sobre o resto do mundo", diz o fotógrafo.
A posse de Barack Obama em 2009 e as especulações sobre o fim do embargo a Cuba geram expectativas. "Acredito que em dez anos Cuba vai ser um país globalizado", diz Petterle.

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender. Metas para 2009

Esse texto é do meu amigo jornalista Fábio Monteiro, gostei muito e por isso copiei dele.

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. Amém.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. Por mais incrível que pareça, isso não é jornalismo.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida. Ou vice-versa...
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. É sério...
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu - e nunca atingirá - todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões". Principalmente se for organizada por um 'coordenador', 'superintendente' ou pelo cara que acabou de subir na vida...
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental". Não sei qual pratico mais...
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. Mesmo quando você não perde a piada...
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. O arrependimento por não fazer é pior...