domingo, 8 de novembro de 2009

Paratii - 1993

Minha melhor lembrança é esse instante no qual pela primeira vez me entrou pela retina tua silhueta provocante e fina como um punhal.
Depois, passaste a ser unicamente aquela que a gente se habitua a achar apenas bela, e que é quase banal.
Agora que te tenho em minhas mãos, e sei que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos, e os teus sentidos são cinco brinquedos com que brinquei.
Agora que não mais me és inédita, agora que compreendo que, tal como eu te vira outrora, nunca mais te verei...Agora que, de ti, por muito que me dês, já não podes dar a impressão que me deste. A primeira impressão que me fizeste, Louco, talvez, Tenho ciúme de quem não te conhece ainda. E, cedo ou tarde, te verá, pálida e linda, pela primeira vez.

Esta citação está no livro Paratii - Amyr Klink - escrito em 1993. Amo!
P.S. O nome do veleiro é o título do livro.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nobres-MT





















Terra de águas lindas, límpidas... deixa saudade na gente!




sábado, 19 de setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

Making off

Fiz umas fotos e deu nisso.....acessem o link abaixo e assistam.
http://www.youtube.com/watch?v=6vWeFZmjhjI




terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia das Mães
















Recebi uma mensagem linda da minha amiga Geysa. E minhas gatas são os melhores presentes da minha vida!

sábado, 28 de março de 2009

Espere um tempo...

Não apresse a chuva
Ela tem seu tempo de cair e saciar
A sede da terra...

Não apresse o pôr-do-sol
Ele tem seu tempo de anunciar o anoitecer
Até seu último raio de luz...

Não apresse a sua alegria
Ela tem seu tempo para aprender
Com a sua tristeza...

Não apresse o seu silêncio
Ele tem seu tempo de paz
Após o barulho cessar...

Não apresse o seu amor
Ele tem seu tempo de semear
Mesmo nos solos mais áridos do seu coração...

Não apresse a sua raiva
Ela tem seu tempo para diluir-se
Nas mansas águas da sua consciência...

Não apresse o outro
Ele tem seu tempo para florescer
Aos olhos do Criador...

Não apresse a si mesmo
Você precisa de tempo
Para sentir a sua própria evolução...

(Jardim Luz do Sol – março 2009)

Metamorfose ou ouro de tolo? Nelson Motta

Quem diria, o anárquico fanfarrão Raulzito virou lição de filosofia política na boca do presidente da República, que sempre tem opinião formada e categórica sobre tudo. Seria um grande desgosto para ele ouvir a sua libertária "Metamorfose ambulante" a serviço da CPMF e das mudanças de opinião de quem, na luta pelo poder, fez de tudo para passar de pedra a vidraça.Raul cantava a liberdade da dúvida e da contradição, da inteligência em movimento, em plena ditadura militar, quando a opinião só podia ser radical e estática: contra ou a favor. A ditadura proibia as opiniões contrárias; a oposição proibia mudar de opinião, sob a suspeita de estar servindo à direita ou para levar vantagem pessoal, como sempre.A esquerda nacionalista sempre desprezou o "americanizado" Raul Seixas: ele era incontrolável, individualista e anárquico, detestava partidos, igrejas, instituições, torcidas, escolas e blocos. E certezas. Mas driblava a censura e ridicularizava os sonhos de felicidade da classe média governista, no "milagre brasileiro" dos anos de chumbo, com "Ouro de tolo", aquela que diz: “eu devia estar contente /porque tenho um emprego, /sou um dito cidadão respeitável/...”.O baiano Raul, auto-intitulado "um magro abusado", desempenhou com grande coragem, independência e custo pessoal o papel de mosca na sopa dos que têm opinião formada sobre tudo, de esquerda, de direita e de centro, e debochava dos que pensam por slogans e palavras de ordem e mudam de opinião de acordo com os interesses de suas causas, chefes e bolsos.Quem diria que as palavras de Raul serviriam para legitimar algumas das coisas que ele mais abominava. Coitado, virou camiseta de Che Guevara. O magro abusado não merecia esse abuso.

Adoro essa crônica. Coisas do Brasil...

Escrito nas estrelas - Tetê Espíndola

Você pra mim foi o sol
De uma noite sem fim
Que acendeu o que sou
E renasceu tudo em mim
Agora eu sei muito bem
Que eu nasci só pra ser
Sua parceira, seu bem
E só morrer de prazer

Caso do acaso
Bem marcado em cartas de tarô
Meu amor, esse amor
De cartas claras sobre a mesa
É assim
Signo do destino
Que surpresa ele nos preparou
Meu amor, nosso amor
Estava escrito nas estrelas
Tava, sim

Você me deu atenção
E tomou conta de mim
Por isso minha intenção
É prosseguir sempre assim
Pois sem você, meu tesão
Não sei o que eu vou ser
Agora preste atenção
Quero casar com você

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Saudades da revolução

Fotógrafo e jornalista refazem os 3.900 km percorridos por Che Guevara 50 anos atrás

O fotógrafo gaúcho Izan Petterle, 52, era um estudante nos anos 1970 quando viu a célebre foto de Che Guevara feita por Alberto Korda.
Morava em Alegrete, a 300 km de Rosário, cidade natal de Che, na Argentina.
Do outro lado do Atlântico, o jornalista holandês Frans Glissenaar, 49, também estudava e tinha uma camiseta com a mesma foto estampada. Seus ídolos eram Janis Joplin, Hendrix, Jim Morrison e Che Guevara.
Desde que foi publicada pela primeira vez na Itália, em 1967, e em seguida exibida nas manifestações estudantis de 1968 em Paris, a foto de Korda tornou-se um ícone que embalou os sonhos revolucionários de milhões de jovens pelo mundo.
Em abril de 2008, Izan e Frans embarcaram em uma jornada pessoal em busca do espírito revolucionário que os guiou na juventude. Jornalista e fotógrafo foram a Cuba munidos dos diários de Che e refizeram os 3.900 km percorridos pelo revolucionário e seu grupo desde Playa las Coloradas, onde ocorreu o desembarque do barco Granma, até a chegada triunfal na capital Havana.
O resultado da viagem está no livro "Cuba de Che - 50 Anos Depois da Revolução", lançado pela editora Carlini Caniato.
No relato de Glissenaar e nas fotos de Petterle, fica clara a desilusão da dupla com o que viu durante a viagem. "Foi um desencanto. As pessoas não são felizes em Cuba. É um país melancólico. Che para mim sempre significou a liberdade e foi difícil aceitar que o grande ícone da minha juventude havia ajudado a criar um regime totalitário e opressor", diz Petterle.
Cuba talvez seja um dos países mais fotografados do mundo, e a revolução é uma história que já foi contada muitas vezes em inúmeras obras. Além da dificuldade em fazer algo diferente no livro, há a censura do governo cubano a jornalistas estrangeiros. Para trabalhar, a dupla criou uma fábula que era utilizada sempre que eram interrogados por policiais.

Fidel
Para as autoridades cubanas, Frans era um professor de história holandês apaixonado por Cuba e Izan, seu amigo fotógrafo amador. A estratégia deu certo e eles colheram relatos que dificilmente seriam dados a jornalistas pelo desconfiado povo cubano.
Nas entrelinhas do livro, percebe-se que nos grotões de Cuba, enquanto a figura de Fidel Castro vai se apagando, a de Che Guevara vai se acendendo.Por mais desgastada que esteja a imagem da revolução, o símbolo "Che" fica cada vez mais forte. Guevara aparece como um esportista, ou artista, que morre no auge, sem deixar que o público veja sua decadência, enquanto Castro se comporta como aqueles que não souberam a hora certa de se aposentar e ficaram marcados por isso. Essa é a novidade das 148 páginas da obra.
Em formato de diário de viagem, o livro traz relatos atuais, curtas entrevistas com moradores que testemunharam a revolução e também trechos do diário de Che, publicado com o titulo original de "Pasajes de la Guerra Revolucionaria". Nota-se que pouca coisa mudou na região percorrida pelos autores. Cinqüenta anos depois, eles continuam isolados. "Eles nos surpreendiam com as perguntas mais básicas sobre o resto do mundo", diz o fotógrafo.
A posse de Barack Obama em 2009 e as especulações sobre o fim do embargo a Cuba geram expectativas. "Acredito que em dez anos Cuba vai ser um país globalizado", diz Petterle.

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender. Metas para 2009

Esse texto é do meu amigo jornalista Fábio Monteiro, gostei muito e por isso copiei dele.

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. Amém.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca. Por mais incrível que pareça, isso não é jornalismo.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida. Ou vice-versa...
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite. É sério...
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu - e nunca atingirá - todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões". Principalmente se for organizada por um 'coordenador', 'superintendente' ou pelo cara que acabou de subir na vida...
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental". Não sei qual pratico mais...
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. Mesmo quando você não perde a piada...
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. O arrependimento por não fazer é pior...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tempo, tempo...

“O tempo de vocês está marcado, não o desperdicem vivendo a vida alheia”, disse Steve Jobs, fundador da Apple, admitindo há poucas semanas estar seriamente doente.
Depois de assistir ao filme do diretor David Fincher, O Curioso Caso de Benjamin Button, adptado da obra homônima do escritor F. Scott Fitzgerald, tudo se encaixa. Nascer velho e rejuvenescer naturalmente, ou continuar no mesmo processo? Brad Pitt e Cate Blanchet trabalham muito. Que diferença esta ordem faria em nossas vidas? Tudo é o tempo, de qualquer maneira. Como fugir dele?
Mais curioso ainda no filme, é o relojoeiro que trabalha arduamente e fabrica um relógio que anda para trás, assim, quem sabe, poderia trazer de volta seu filho e outros jovens que morreram na I Guerra, como se pudesse controlar o tempo....e assim aplacar sua dor e mudar o final da história. Para mim, A vida é tão rara! como diz o cantor Lenine. Então vivamos o melhor possível!